amor próprio

Amor próprio antes de amar o outro: o caminho que ninguém ensina, mas todos precisam trilhar

Por que esse assunto importa tanto?

Você já tentou amar alguém com o coração cheio de dúvidas sobre si? Já mergulhou num relacionamento esperando que o outro resolvesse a sua insegurança? Pois é. Muita gente ainda confunde amor com carência, entrega com abandono de si. E aí, quando o castelo desmorona, sobra frustração — e aquela sensação amarga de não saber nem quem se é mais.

Este artigo é um convite: voltar-se para dentro antes de se entregar para fora. Amor próprio não é egoísmo. É fundação. E sem fundação, qualquer amor vira ruína.


O que você vai aprender aqui:

  • O que é (de verdade) amor próprio — sem autoajuda nem frases prontas

  • Como a falta de amor próprio contamina os relacionamentos

  • Sinais de que você está se anulando por amor

  • Práticas diárias para fortalecer sua autoestima e presença

  • Como o tantra, a meditação e o toque consciente podem te reconectar consigo

  • Por que o amor maduro exige autoconhecimento


O que é amor próprio? E o que definitivamente não é.

Amor próprio não é se amar só quando se sente bonito.
Não é se mimar com skincare ou spa no sábado.
Também não é uma armadura que te impede de se relacionar.

Amor próprio é compromisso.
É saber o que você precisa e ser capaz de dar isso a si mesmo.
É respeitar os próprios limites, saber dizer não, se acolher nos dias ruins e não se abandonar para caber em ninguém.

Amar a si mesmo é fazer as pazes com a própria história, com o próprio corpo, com a própria vulnerabilidade.
Sem esse pacto interno, amar o outro vira carência com figurino de romance.


O preço de se amar pouco: relacionamentos como muleta

Quem não se ama vira eterno mendigo emocional.
Aceita migalhas, silencia sua dor para não incomodar, confunde apego com paixão.
Faz do outro um espelho — e se quebra cada vez que não vê o reflexo que gostaria.

Relações construídas assim não são parcerias.
São dependências disfarçadas de afeto.

E o mais cruel: quando o outro se vai, não é só ele que vai embora.
Vai junto toda a ilusão que você criou para se sentir digno de ser amado.


Sinais de que você está se abandonando por amor

  • Você muda seu jeito de ser para agradar

  • Tolera o que te machuca para “manter a paz”

  • Sente medo de perder, mesmo quando está infeliz

  • Precisa da validação do outro para se sentir bem consigo

  • Se culpa por tudo que dá errado no relacionamento

Se você se reconhece em muitos desses sinais, respira fundo: você não está sozinho. Mas está na hora de voltar para casa. Para si.


Como desenvolver o amor próprio, na prática

Amor próprio não se instala do dia para a noite.
É construção. E começa com pequenos atos de presença.

  • Autoescuta: pergunte-se todos os dias “como estou me sentindo?” e respeite a resposta.

  • Limites saudáveis: dizer “não” é um ato de amor. Inclusive para quem você ama.

  • Corpo em foco: cuide do seu corpo não para performar beleza, mas para se habitar com mais verdade.

  • Toque consciente: explore seu corpo com carinho, presença e prazer — sem culpa ou vergonha.

  • Jornada interior: medite, respire, escreva. Dê voz à sua alma.


Amor próprio e o Tantra: um caminho de volta para si

O tantra ensina que o prazer nasce do encontro com o agora.
Não é sobre o outro, mas sobre estar inteiro no próprio corpo, na própria energia, no próprio sentir.

Quando você se conecta com o próprio corpo — sem pressa, sem julgamento — algo muda.
Você deixa de buscar no outro o toque que nunca se deu.
E quando se encontra por dentro, não aceita qualquer coisa vinda de fora.

Amor próprio tântrico é quando você aprende que o amor não mora no outro.
Ele só transborda de quem já aprendeu a se amar em silêncio.


Amar o outro com amor próprio é outra coisa

Quando você se ama, você escolhe melhor.
Você ama sem mendigar, cuida sem se perder, se entrega sem se apagar.
Você para de procurar no outro o que faltava em si — e começa a compartilhar, não preencher.

O amor deixa de ser prisão e vira ponte.
Entre dois seres inteiros, não metades carentes.


Conclusão: antes de dizer “eu te amo”, diga “eu me amo”

Você não precisa estar 100% resolvido para amar. Mas precisa estar desperto.
Porque o amor sem amor próprio é como construir casa em areia: bonita por fora, instável por dentro.

Cultivar o amor por si mesmo é o melhor presente que você pode dar a quem ama.
Porque só quem se ama de verdade é capaz de amar o outro sem precisar dele para sobreviver.